começavam com a morte de alguém, qualquer coisa como um ruído, pessoa surpreendida
o rosto conhecido, depois, todo o resto, desconhecido porque morto
pensava-se que o vazio chegava em caminhões
todos se abasteciam
para a semana, o mês
pacotes completos, variados
eu não sabia de nada
o que eu queria era o avesso
mas não tinha lado nenhum, cara ou coroa pra onde olhar
jogava-se sem que fosse jogo
corria-se sem que houvesse caminhos
só assim era possível carregar desertos pra dentro de casa
e enfeitar com eles as paredes todas
arquitextura
insuperável deserto ao redor de quem o quisesse
(espelhos convergindo para mais desertos)
desertar era o aprendizado
único
e certo