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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Residual

Anoitentorpecendo, quem sou eu pra negar?
Qualquer coisa se quebrou, mas eu juro que nada caiu. Não fui eu.
Este silêncio é de quem quis.
Fosse outra coisa, festa ou alarme, qual a importância?
Não vou contar a minha doença. A solução é contar as horas. Quando muito, os dias.
De dia em dia, dois anos. Ou quase.
Vivo a impaciência inseparável do meu sossego.
Meu tempo é este, este lado que ainda não dói. Esta fresta, por onde olho...
Tenho cartas de amor pra entregar. Tenho um amor pra viver, cada dia janela se abrindo.
Futuro é só quando, à tarde, eu espero a noite chegar, encontroencanto...
Me multiplico em páginas, quem lê (ela) sabe: amar requer um pedaço de mim em cada palavra...
Repor é preciso.
Repouso. Só descanso enquanto me fragmento...
Viver é grande. Ainda que o tempo seja pequeno.
Um pouco de sonho pra me desenhar...
Um dia ainda lembro que gosto tinha a vida no começo.
Enquanto isso, alguns passos.
Passei no vestibular.
Agora ouvi...