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quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Ignis meae mentis

Ignício

toda idéia
em seu começo
é o suave arremesso
de um coquetel
molotov (2004)

Fiz esse poema numa tentativa de explicar o poder que tem uma idéia no exato instante em que nasce. Pode ser a idéia mais boba, a mais descabida de todas, não importa, o efeito é sempre semelhante a uma chama, a qualquer coisa que lembre um fogo súbito. Daí o "ignício" - uma mistura meio doida de ignis (fogo em latim) e início, o incêndio primordial, que pode ser breve ou consumir tudo o que vier pela frente, dependendo da força da idéia.
E assim, de uma palavra lançada sem mais nem menos, veio a idéia de um blog. Numa palavra que trazia em si o fogo de uma idéia brotou o incêndio, e eu espero nele me consumir da maneira mais proveitosa. E eu já aproveito para tranquilizar aos poucos que tiverem a ousadia de ler as minhas palavras: nesse fogo vindo de idéias só o incendiário pode se queimar, a não ser, claro, que um ou outro leitor deseje o mesmo.
Bem, aí está um início explicado, e talvez isso baste por hoje. Uma dose de caos fica pra uma outra hora.
Ah, um pequeno lembrete para um possível leitor: é bom ter aí guardada uma reserva de paciência para palavrinhas mais do que estranhas...
Chaos et vita.

3 comentários:

Anônimo disse...

tenho a alma toda abortada
de tantos coquetéis que suguei
no seio da musa melancolia

Anônimo disse...

tenho a alma toda abortada
de tantos coquetéis que suguei
no seio da musa melancolia

Anônimo disse...

SInto na minha carne, bem no fundo da minha cabeça....quando uma idéia é parida.....fico euforica,.....essa ideia do incendio é muito louca,eu sinto esse fogo,ardo nele,corro pra caneta,pro papel,pra rua,pro delirio....